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3 de mai. de 2019

HOLOCAUSTO: O fim da banda, segundo o guitarrista Valério Exterminator


O guitarrista Valério Exterminator, membro fundador de uma das principais bandas de Metal Extremo de Belo Horizonte e reconhecida internacionalmente, o HOLOCAUSTO, e agora ativo com novos projetos, fez uma declaração sobre o fim da banda. De acordo com o guitarrista, “todos os fatos têm três versões: a sua, a minha e a verdadeira (provérbio chinês)”. Surgido no boom do Metal extremo mineiro da década de 1980, “o Holocausto sempre recebeu olhares desconfiados, e isso vem desde os anos 80. Primeiro era o questionamento, e acusação de ser uma banda nazista, e é preciso lembrar que nunca fomos, não somos, e jamais seremos.”. Já nos anos 90, Valério estava fora do HOLOCAUSTO, e a banda mais uma vez foi duramente criticada, por transformar o War Metal, em Techno Metal Industrial. Quando a banda retornou em 2004, a crítica passou a ser: voltaram por causa de dinheiro, é uma banda oportunista, onde estavam e o que fizeram pelo Metal nos 10 anos de inatividade? Os questionamentos, segundo Valério, sempre existiram, e voltaram à tona com o lançamento de “De Volta ao Front”, em 2005: “então após o lançamento do De Volta ao Front o questionamento passou a ser se o Holocausto era banda de cristão, isso porque no encarte eu agradeci a Deus e aos Mestres ascensionados. Eu entendo a ignorância alheia, tenho ojeriza à religião, eu citava a Fraternidade Branca, que tem uma definição bem diferente da palavra Deus, no cristianismo não existem Mestres ascensionados, mas foi uma excelente deixa para mais uma vez as críticas surgirem.“.

Então após o lançamento do álbum “War Metal Massacre” (2016), a força da banda voltou a ser reconhecida e os críticos se calaram. O HOLOCAUSTO foi headliner do Nuclear War Now Fest V, em Berlim. Nesse festival tocaram bandas do calibre de Incantation, Antichrist, Demonacracy, Metalucifer, Sabbath, etc. Nesse festival foi lançado o álbum “War Metal Massacre”, que após a virada do ano, entraria em todas as listas internacionais de melhores do ano. “Então o olhar desconfiado de alguns, aos poucos foi se enfraquecendo, mas claro, existe a resistência de alguns, que ainda continuavam a atacar a banda. Então nossa banda sempre passou por ataques direcionados não somente ao gênero adotado em alguns trabalhos, mas também ataques pessoais. Mas o HOLOCAUSTO sempre seguiu em frente, e por quê? Porque havia união entre os integrantes. Sempre soubemos do nosso potencial. Sempre comentávamos que havia uma energia muito grande quando nos uníamos em prol da banda.”.

Entretanto, como contou Valério, as coisas começaram a fluir: “de nada adiantaram os ataques pessoais, nosso War Metal triunfou mais uma vez, e dessa vez a nível internacional e culminou no contrato com a gravadora Nuclear War Now Prod. (USA). Convites para tocar nos USA e novamente na Europa foram chegando. A banda só não fechou com nenhum produtor, porque infelizmente alguns integrantes devido a outras prioridades, não tinham como se ausentar do país.”.

Confira a versão de Valério sobre o fim da banda: “Minha versão chega a seguinte conclusão do por que do fim da banda: Ao longo dessas décadas de relacionamento, é muito normal que em algum momento, alguém se desentenda com outro. É normal que alguém cometa erros. É normal que algo dito seja interpretado de formas diferentes por cada cabeça. É normal querer dar um tempo da banda, é normal, etc... Porém uma coisa é você se unir entre os integrantes de sua banda, e seguir em frente, enfrentando aqueles que se posicionam contrário à banda, e muitas vezes contrário sem sequer saber o motivo. Outra coisa é você enfraquecer a banda de dentro para fora. É muito complicado quando algum integrante passa a monitorar o que todos os outros escrevem nas redes sociais, e então faz print da postagem, e manda para cada integrante, e ainda tece comentários depreciativos sobre a pessoa... Foram várias situações desse tipo, os integrantes da banda em horário de trabalho, e ao mesmo tempo debatendo assuntos criados pelo monitoramento desse integrante. Deixarei mais uma vez bem claro que essa é minha versão: eu não consigo conviver com pessoas que têm esse comportamento de potencializar o lado negativo.”.

Lado a lado com música, Valério atua como Personal Trainer, graduado em Educação Física e agrega seu atendimento com uma abordagem holística; se formou em ioga, é iniciado em técnicas de meditação, e tornou-se mestre em reiki. “Eu não mudei apenas minha visão do meu cliente, eu transformei também minha vida. Sei que se você potencializa os aspectos negativos, através das palavras, dos sentimentos, das atitudes, e dos sentimentos, você cria ao seu redor um mundo negativo. De acordo com o pensador Jim Rohn: você é a média das cinco pessoas com quem mais convive.”

Finalizando, há muita música nova por vir, mas de outros projetos e bandas: “Definitivamente não quero, não posso, e não conviverei com esse tipo de pessoa. Portanto com essa formação em hipótese alguma retornarei. Depois de tomar essa decisão, o próximo passo era dar continuidade ao excelente momento que estou vivendo enquanto compositor de Metal Extremo. Transformar o projeto BHell em banda foi o primeiro. O próximo passo será uma coletânea trazendo as bandas dos anos 80. Na sequência virá um álbum Tributo ao Metal de Belo Horizonte dos anos 80, com vários vocalistas daquela época. Em andamento tem o projeto RAWWAR com integrantes do Holocausto e Goatpenis. Então analisando meu histórico como guitarrista, compositor, vocalista (“De Volta ao Front”), letrista e cofundador do HOLOCAUSTO, cheguei a conclusão que em respeito a minha trajetória na banda, eu não deveria parar com o War Metal.”.

Nas palavras de Valério, quando ele esteve fora da banda, o HOLOCAUSTO tocou quase de tudo: Crossover, Industrial Techno... Mas nunca tocou War Metal. “Então assim que a banda acabou eu iniciei as estratégias corretas para ter o HOLOCAUSTO INC. Quando você está numa família, você não é obrigado a gostar de seus irmãos, irmãs, etc. Mas a convivência torna-se quase que obrigatória, porém numa banda eu não sou obrigado a conviver com quem tem postura que não me agrada. Então fiz o convite para as pessoas certas. O HOLOCAUSTO INC. trás a mesma formação que permaneceu de 2008 a 2010: um war trio. Com essa formação demos alguns shows e fizemos uma pré-produção do “Diário de Guerra”, sendo que algumas músicas que sairão nesse álbum foram compostas por esse “war trio”. A música “Holocausto” é uma dessas. Então o HOLOCAUSTO INC. está ensaiando e temos quatro músicas já bem encaminhadas para entrar na coletânea, além dessas temos mais seis composições prontas aguardando apenas os arranjos de bateria e vocal. O War Metal do qual sou o principal compositor não termina com o fim do HOLOCAUSTO, ele prossegue marchando impiedoso e agressivo, meu personagem Valério Exterminator está 100% comprometido com o Metal Extremo e não haverá tempo perdido com pessoas negativas.”.

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