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26 de set. de 2019

LECHER: Novo álbum abordará a luta antimanicomial no Brasil


Com o título do próximo álbum já definido, o LECHER dá início ao processo de composição do sucessor de “Castle of Hallucinations”, lançado há exatamente um ano pela gravadora italiana Heart of Steel Records. Juliano Costa, baixista e vocalista do grupo, revelou detalhes sobre “Barbacena” em entrevista para o portal Whiplash, onde nos forneceu detalhes sobre as influências da banda, sua origem e planos futuros. Segundo Juliano, o novo álbum “terá uma temática crítica voltada à luta antimanicomial no Brasil”, abordando assim uma história que poucos conhecem, ou fingem não conhecer. Na entrevista, ele também destacou a importância das letras para o Heavy Metal: “O Heavy Metal é um estilo contraponto de tudo que existe, deve ser essencialmente critico e naturalmente instruído para evitarmos a desinteligência dos bangers. Infelizmente com a ascensão dos sites de relacionamento e da ostentação do politicamente incorreto, ser burro passou de ser vergonhoso para se sinônimo de orgulho! Lutamos contra esse tipo de metodologia no Heavy, ao melhor estilo Dorsal Atlântica. As letras do Lecher, com exceção de três sons, todos são voltados para críticas, seja social, política, religiosa, psicológica ou comportamental, essas letras nos fazem evoluir enquanto seres sociais, enxergar além do razoável onde a vista alcança, exteriorizar isso nos faz grandes, sermos autênticos e honestos com nossos princípios.”.

Juliano Costa (baixo/vocal), Diego Alquezar e Sergio Willian (guitarras) e Marcelo ”Zé Bolha” Machado tem se empenhado na composição de “Barbacena”, inclusive estudando livros de história e pesquisando fontes bibliográficas, como jornais. Fundado em 1903, o Hospital Colônia de Barbacena foi um hospital psiquiátrico localizado na cidade de Barbacena, Minas Gerais. Esta instalação fazia parte de um grupo de sete instituições psiquiátricas edificadas na cidade que, segundo alguns, recebeu o epíteto de “Cidade dos Loucos”. Atualmente, desses sete hospitais, só três estão em funcionamento. Para se ter uma ideia sobre as atrocidades cometidas no local, o psiquiatra italiano Franco Basaglia taxou a instituição como um campo de concentração nazista. Em grandes vagões de carga, conhecidos como “trem do doido”, chegavam os pacientes do Hospital Colônia, em uma época que várias linhas ferroviárias chegavam à cidade.

A instituição tinha sido fundada em 1903 com capacidade para 200 leitos, mas contava com cerca de cinco mil pacientes em 1961. Para o Colônia, eram enviados “pessoas não agradáveis”, como opositores políticos, prostitutas, homossexuais, mendigos, pessoas sem documentos, entre outros grupos marginalizados na sociedade. Estima-se que cerca de 70% dos pacientes não tinham diagnóstico de qualquer tipo de doença mental. No período em que houve o maior número de mortes, entre as décadas de 1960 e 1970, o que acontecia no hospital chegou a ser chamado de “Holocausto Brasileiro”, que posteriormente virou o título de um livro publicado pela jornalista Daniela Arbex em 2013. Estima-se que pelo menos 60 mil pessoas tenham morrido no Hospital Colônia de Barbacena.


Ouça “Castle of Hallucinations” no Spotify:


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